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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Regalo algum

Comprei uma agenda para saudar um novo ano, tardiamente, de fato.
É que se arrastam lentamente os dias fugidios e iniciais desse ano que já anuncia seu fim nas folhas em branco da nova aquisição.
Contraditórios são os sentidos que se apoderam desse peito, dessas mãos, dessa cabeça inquieta e desses olhos de suspiro....
O que não é conflito, afinal, morto parece estar.
E a vida pulsa, e a vida segue, e cria seu próprio fluxo.
Por mais que eu insista em criar atalhos para vislumbrar aventuras de meninice ou aumentar a caminhada [nunca diminuir].
Tarefa difícil essa de viver plenamente.
Tudo fica intenso.
Tudo transborda.
E dói. Deveras...
Não vem com regalo algum esse novo ano.
Além da menina vida a impulsionar-me: Vai! Vai se jogar no mundo!
Deve bastar.




Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

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