Olho tudo superficialmente. O que quero está distante. Ou bem perto. Tanto que olhar não precisa. Simulo reações até que a encenação venha a me cansar. Permaneço. Desperto. Reparo a lua [e a ausência dela]. Reclamo a falta da brisa no rosto. O cheiro da rotina entorpece. O do inusitado ilude. A novidade é sempre a mesma: desejos bobos, vontades passageiras e fugidias. A permanência da efemeridade não me aflige. Nem liberta. Sigo com a noite. Nas entranhas de um livro amigo me [des]encontro. Na canção antiga tocada na radiola me embalo. Olho ao redor. E tudo já não é mais. [Em]Balada de uma sexta. Sexta?
Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.
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