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sábado, 13 de outubro de 2012

A outra angústia

Adriana Falcão já explicou bem: "A angústia é um nó apertado bem no meio do meu sossego." [Mania de explicação]. 
Esse nó aí já era cantado pela turma dos Secos e Molhados [wwwooowww].
Tô fugindo desse nó. Correndo dele com o calcanhar batendo nas nádegas. 
Tô tentando saltar para dentro da vida, mas em mim "nada está como é. Tudo é um tremendo esforço de ser".
E de alguma forma me vem à memória o - para mim - perturbador "A insustentável leveza do ser". 
É querer muito se machucar e cutucar a ferida forever. Humpf!


Angústia - Secos e Molhados

Agonizo se tento
Retomar a origem das coisas
Sinto-me dentro delas e fujo
Salto para o meio da vida
Como uma navalha no ar
Que se espeta no chão

Não posso ficar colado
A natureza como uma estampa
E representá-la no desenho
Que dela faço
Não posso
Em mim nada está como é
Tudo é um tremendo esforço de ser 


Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

3 comentários:

Anônimo disse...

E o que me resta é só um gemido... E o que me importa é não estar vencido. Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos. Meu sangue latino! Secos e Molhados! Muito boom!

Neta, Evenice Neta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Cadê, cadê?
Mais de dez dias sem escrever?
Pode não moça.