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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

15 minutos [4]


O "Enquanto escrevo a mono" deu uma parada, né?
Sinal de que eu não tava merecendo os famosos "15 minutos".
Para atualizar: escrevi os dois primeiros capítulos e hoje iniciei o terceiro.
Pode ser um saldo positivo se eu pensar que há quatro anos vinha pelejando com isso.
Mas pode ser negativo também, pelo mesmo motivo.
E pode ser nem isso nem aquilo.

Tá, sem mais delongas, apresento os 15 minutos de hoje.
Um amigo querido me inspirou a escrever.
Espero que ele saiba de quem estou falando.
Mas, se não souber, tudo bem.
"Tá valendo".

Intitulei "Cala"
Mas poderia ser: Balada da palavra não dita.
Paz e bem!

Cala

Quantos segredos guardas em teu coração?
Não os revela a língua
Decerto fora domesticada.
E dentro da boca, cala.

Não ousas proferir
Teu silêncio
E vais ferindo-te
É certo: o que por fora cala
Cortando-te vai por dentro.

Ao entendimento não cabe
Tamanho segredo.
E são tantos, receio
Que até expulsá-los
Teu cérebro ordena.

Não sabes tu
Dos teus segredos
Também não sei eu.
Ora, direis, acaso!
E eu, que farei?

Direi apenas
na hora derradeira desse sonho
Mansinho,
para que de susto não acordes:
Antes sentir o que não entendes
A entender o que não sentes.

Diz-me
O que dentro do teu peito
Fala?





Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

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