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segunda-feira, 1 de junho de 2009

ao levantar da noite [um contrassenso, ou contra-senso, como quiseres.]

... e um vento suave vem contradizer o ensolarado dia.
não vi o entardecer, novamente.
ao olhar fora das paredes do prédio onde trabalho
já deparei-me com a noite em pé.
sob [e sobre] o céu estrelado.
lembrei que todos sempre dizem: ao cair da noite,
a noite caiu... a noite cai sobre nós, sim, bem sei.
mas ela se ergue, não cai não.
e ela vem com umas "vontades de instante":
[e qual vontade não o é?]
sorvete com calda quente de chocolate,
conversas demoradas com queridíssimas e queridíssimos,
música antiga na vitrola,
uma boa HQ,
cadeira na calçada,
sono leve, bem leve.

essas vontades todas misturaram-se,
como de costume.
e o único jeito foi escrevê-las uma a uma
[no desejo de que virem realidade. ao menos ao longo da semana. uma por dia, tá?].

...Enquanto isso, eis que aguardo a noite, enfim, cair.
Que ela e eu durmamos em paz. Ao menos por hoje.
Uma prece.




Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

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