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sábado, 8 de setembro de 2012

"Não tem título. Fique à vontade."

Ora, se o senso perdi
e estrelas e suspiros e noites inteiras
já engoli
enquanto devorar-te eu queria.

Ora, se a eternidade não quis
posto que não era chama
posto que não durou
porque também não existiu.

Ora, se é essa a dor que minha madrugada consome
e que jaz vivamente em meu peito-abrigo
acalentando o que por ora não pretende adormecer

Nada, pois, me resta.
Além de amanhecer.

 [Numa madrugada como essa, um amigo é sempre a melhor companhia. Mesmo que ele esteja a quilômetros de distância. Seguimos unidos, sempre]

Para meu Chuchu Platini, co-autor, co-inspirador e intitulador desse escrito.


Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

4 comentários:

Unknown disse...

Numa madrugada dessas encontrei o teu "Fragmentos". Entre tantas coisas que não valiam o esforço de desperdiçar o sono, deparo-me contigo. Aliás, com o "nadadeneta".
E as madrugadas começaram a ter outro sentido.
Nem ouse não escrever. Ficaria desolado.
Um dia te apresentarei meus rabiscos.
[tento desenhar de vez em quando].
Posso ir te seguindo?

Neta. Evenice Neta disse...

"Se você quer me seguir, não é seguro..." :D
Agradeço por ler o "Fragmentos".
É bom saber que alguém perde seu tempo por aqui :D
Quero ver seus rabiscos. Combinado?
Beijo!

Dentro é outra revolução disse...

dizem que perfeição não existe, talvez não a humana, mas essa refletida em sentir, é real pra mim!!!lindoo!!!Perfeito!!!

Neta. Evenice Neta disse...

O que sentimos deve mesmo ter um quê de perfeição. Não no sentido de ser "correto", mas no sentido de profundidade, no sentido de ser legítimo, verdadeiro... Aquele lance lá das cacas e superfícies que tanto repudiamos... Não cabe no sentir não. Agradeço por ter vindo aqui Jesu. Bem vinda sempre!