Eu mergulhava.
Queria fugir da superfície.
Enquanto isso, reparava a paisagem que à minha frente se formava:
A composição [im]precisa do devir.
Teu corpo confundia-se com o cenário.
O vento castigava.
Espalhava as cinzas das horas.
As páginas do livro.
Os pêlos do cachorro.
O vento te fazia fragmento em meio aos grãos pequeníssimos de areia.
E você indo.
Eu buscava profundidade.
Tu querias estar ali, por ora.
Apenas permitindo-se ir.
Não vá ainda.
Uma superfície rompida pode até fragmentar-se.
Um coração lacrado não se permite mergulhar.
"E se eu achar a tua fonte escondida, te alcanço em cheio o mel e a ferida..."
Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário