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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Reflexões pré-Páscoa.


Is 61,1-3a.6a.8b-9

O Senhor me ungiu e enviou-me
para dar a boa-nova aos humildes.

"O espírito do Senhor Deus está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu;
enviou-me para dar a boa-nova aos humildes,
curar as feridas da alma,
pregar a redenção para os cativos
e a liberdade para os que estão presos;
[...] para consolar todos os que choram,
para reservar e dar aos que sofrem por Sião
uma coroa, em vez de cinza,
o óleo da alegria, em vez da aflição.”


Há algum tempo, uma pergunta tem martelado minha cabeça:
“Somos reconhecidos como descendentes dos Deus da Vida?”

Afinal, estamos anunciando a boa nova e denunciando as injustiças?
De quais prisões temos libertado tantos irmãos e irmãs?
Quais são as prisões que ainda nos oprimem?
E quantas dessas opressões perpetuamos na vida das pessoas que nos rodeiam?

É difícil ser braço que abraça e acolhe.
Chega a ser quase impossível não usar as mãos somente para separar, dividir e apontar os erros alheios.
Gestos de ternura são tão pouco compartilhados!

Temos fome de vida!
Vida plena e abundante.
Não ajudamos a curar as feridas das nossas irmãs e irmãos...
e acabamos aprofundando as nossas próprias.

Que a Páscoa do Senhor da Vida desperte em nós
o desejo pela busca da vida plena.
Que aumente em nós a disposição
para cuidar dos que sofrem, dos que são oprimidos.
Que não cessem nossas forças para lutar contra as injustiças e opressões.

Que tenhamos para ofertar, sempre, “uma coroa, em vez de cinza, o óleo da alegria, em vez da aflição”.


Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

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