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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Passou agosto. Não esperei setembro.

Sim. Tinha manias. Mania de falar do tempo.
Mania de negar o tempo. Mania de perder o tempo.
Mas, nesse tempo que passou, desconstruí uma mania: A de resistir ao que não precisa de resistência.
Não resisto mais aos olhares sinceros e convidativos.
Digo sim a todos os sorrisos acolhedores e aos braços aconchegantes.
Não resisto mais ao permitir-se. Sigo até mesmo a sombra de qualquer alegria. Caminho passo-a-passo com "os possíveis".
[Sim, no plural. Porque falar de "possível" requer opções, não?]
Falo do tempo, ainda.
 Entretanto, o escuto mais também. Não o nego mais. Tampouco o afirmo.
Interessa-me vivê-lo. E ainda gasto, com gosto, todo tempo que existir.
E o que existirá. Porque assim me (des)encontro.
É nessa "perdição de tempo", que encontro brechas de vida.
Recriá-lo-emos? O tempo? [um convite]

Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.

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