Vivo parafraseando Guimarães Rosa: "Não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa".
E cada dia vivo a certeza de num saber nadinha dessa vida.
É que eu não sabia das dores nos músculos depois de duas horas diárias de exercícios [depois de 6 anos, ou mais, de sedentarismo].
Desconhecia o sabor de uma boa geléia de pimenta [ganhei de presente do casal 20: Alana e César - obrigada!]
Não sabia que ficar só me dá medo.
Não conhecia o tanto que amo minha mãe e o tanto que ela me conhece [isso também dá medo].
Nem sabia o que é ter 25 anos achando que já se viveu 50.
Não sabia também que proteção nem sempre é amor e que as pessoas queridas podem causar estragos no coração da gente.
Mas acho mesmo que eu desconfiava disso tudinho.
Eita "abril despedaçado"!
Um fragmento de Neta. Evenice Netíssima.
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5 comentários:
"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."
JGR
Eu tbm desconfiava que você tbm desconfiava dessas suas descobertas...
minha flor!
:D
Descobrir é a parte fácil, e, até, sem graça.
Desconfiar tem suas dificuldades e incertezas. Mas dá um gostinho de mistério e coisa inacabada.
Diliça!
FLor é tu!
"desconfiei desde o princípio"
olá Netinha, quer praze conhecer-te mais um pouco... como vc mesmo me disse tão bem:"O que tu escreves também te traduz. E quem lê, como eu, acaba por traduzir-se também"... traduzo-me neste sua desconfiança que sempre foi minha também...
que bom te ler por aqui...
abraços
:*** Às vezes esqueço porque escrevo. Vez por outra até porque existo. Mas é raro eu não lembrar de quem eu gosto :D
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