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sábado, 24 de janeiro de 2009

"Diga espelho meu se há na avenida alguém mais feliz que eu"

Ela acordou meia hora mais tarde, afinal era sábado.
Pediu para que não divulgado fosse o que fez até a hora do almoço
[além do almoço].
Temia por desconfiarem ou mesmo

descobrirem sua identidade secreta.
[também não sei].

Comeu muita salada de verdura e pouquíssimo carboidrato.
Um delicioso almoço para um sábado.
O que sucedeu à tarde continuará sendo um mistério.
[passou tão rápido que não conseguiu captar o tempo que ali passara, esclareço]
E à noite caiu num samba. [ela e a noite].
Teria pulado mais, cantado mais, sambado mais.
Teria.
Mas a noite findou antes do tempo que a noite geralmente finda.
E saiu do samba com vontade de fazer o samba de como se samba o samba.

... Desistiu ao chegar em casa.
Em parte porque seu "próprio samba" seria sua única experiência. Empiricamente falando.
E em outra parte porque achou mesmo que cada um tem seu samba.
No pé, na mão, no sorriso... na perninha curta e na olhada pra trás...

E não pregou o olho.
Porque o coração ainda batia ao som
dos últimos versos que ouviu
antes de ser findada a noite, o samba, ela e sua dança:


"Diga espelho meu
se há na avenida alguém mais feliz que eu."

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